A Crise Salarial dos 76ers: Entenda Por Que a Equipe de Filadélfia Tem o Pior Cenário da NBA

Uma análise recente de Eric Pincus, do Bleacher Report, colocou o Philadelphia 76ers no topo de uma lista indesejada: a de pior situação de teto salarial da NBA. A equipe, que deveria estar entre as favoritas ao título, vive um momento de incerteza financeira e esportiva, impulsionado por contratos altíssimos e dúvidas sobre a saúde de suas principais estrelas.
O Alto Custo das Estrelas
Segundo Pincus, a situação se tornou crítica após a última intertemporada. “Os 76ers entraram na offseason com mais flexibilidade do que qualquer time da liga. Infelizmente, o investimento em Paul George parece ter sido um erro de cálculo significativo”, avalia o analista. “O jogo de George entrou em declínio por causa de lesões, e a saúde de Joel Embiid é um grande ponto de interrogação. Rapidamente, a franquia se viu superalavancada com um elenco medíocre.”
Como esperado, Joel Embiid e Paul George são os jogadores mais bem pagos na folha salarial dos 76ers. Juntas, as duas estrelas têm garantidos um total de $280 milhões até o final de seus respectivos contratos, um valor que limita drasticamente a capacidade da equipe de contratar ou manter outros talentos.
As Incertezas de Embiid e George
O pilar da equipe, Joel Embiid, lutou contra lesões durante a maior parte da temporada passada. Apesar de médias produtivas de 23,8 pontos, 8,2 rebotes e 4,5 assistências, o pivô de 31 anos participou de apenas 19 jogos. Embiid passou por uma cirurgia no joelho esquerdo em 2024 e, em abril, foi submetido a outro procedimento na mesma área. Se o problema persistir, há uma preocupação legítima de que o ex-MVP possa ter uma queda brusca de rendimento ou até mesmo se aposentar precocemente.
Por outro lado, a contratação de Paul George é o principal fator nas preocupações salariais atuais. Após uma excelente temporada 2023-2024 pelo Los Angeles Clippers, com médias de 22,6 pontos e aproveitamento recorde na carreira nos arremessos, os 76ers ofereceram a ele um contrato robusto de quatro anos e $212 milhões. No entanto, o ala de 35 anos teve uma atuação decepcionante em sua estreia na Filadélfia. Lesões o limitaram a apenas 41 jogos, nos quais suas médias caíram para 16,2 pontos, 5,3 rebotes e 4,3 assistências.
O Futuro em Jogo e a Esperança nos Jovens
A desastrosa campanha de 24 vitórias e 58 derrotas da última temporada levanta questões se foi um ponto fora da curva ou o início de uma tendência negativa. Embora Embiid e George saudáveis tenham potencial para levar a equipe de volta aos playoffs, a falta de profundidade do elenco para compensar suas ausências é evidente.
Em meio a esse cenário, os 76ers buscam construir uma base sólida para o futuro com nomes como Tyrese Maxey, VJ Edgecombe e Jared McCain. A situação contratual das estrelas, no entanto, limita a flexibilidade da franquia para manter e adicionar profundidade ao elenco. A mentalidade se tornou de “vencer agora”, e se Embiid e George não conseguirem levar a Filadélfia à disputa pelo título, decisões drásticas terão que ser tomadas.
Jared McCain: Motivação Após um Ano Difícil
A temporada 2024-25 foi igualmente frustrante para o jovem Jared McCain. Considerado um dos candidatos a Novato do Ano (Rookie of the Year), ele também foi vítima de uma lesão grave, passando por uma cirurgia em dezembro para reparar uma ruptura do menisco lateral no joelho esquerdo. A lesão o limitou a apenas 23 jogos, interrompendo um começo promissor em que acumulava médias de 15,3 pontos e um aproveitamento de 38,3% nos arremessos de três pontos.
Agora, se preparando para sua segunda temporada, McCain está pronto para deixar o ano de estreia para trás e usar as dificuldades como combustível.
“Você pode usar qualquer coisa como motivação”, explicou McCain. “Literalmente qualquer coisa que eu puder, seja por não ter ganhado um prêmio que eu queria ou por não estar no time que eu desejava. Apenas usar tudo o que for possível para se motivar.”
Ainda não há um cronograma para seu retorno, mas ele garantiu que está evoluindo bem. Sua produção ofensiva no perímetro foi muito sentida pela equipe, e sua volta é vista como crucial.
“Estou me sentindo incrível”, disse ele, sorrindo. “Estou voltando a treinar com mais intensidade, passando mais tempo em quadra. Estou animado para finalmente estar livre e poder trabalhar e jogar basquete.”