Instagram Evolui: De Grupos de Bate-Papo a Novo Modelo de Assinatura

O Instagram, que se consolidou na internet como a principal plataforma para compartilhamento de imagens, expandiu enormemente suas funcionalidades desde a sua criação. A plataforma, que pertence à Meta, inovou ao longo dos anos, e uma de suas ferramentas mais populares é a capacidade de criar grupos para conversar com múltiplos seguidores, seja para trocar mensagens, enviar arquivos ou realizar chamadas de vídeo. Agora, a empresa anuncia mais uma evolução significativa, desta vez em seu modelo de negócios, com a introdução de uma assinatura paga para uma experiência sem anúncios.
Como Funcionam os Grupos no Instagram?
A dinâmica dos grupos no Instagram é bastante semelhante à do WhatsApp, outro aplicativo de mensagens da Meta. Nos grupos do Instagram, os usuários podem reunir até 250 pessoas para conversar. Além de texto, é possível enviar fotos, vídeos, áudios, GIFs e as populares figurinhas, replicando todas as funcionalidades disponíveis nas conversas diretas (DMs). Para chamadas de vídeo, o limite é de oito participantes simultaneamente.
A criação e gestão de um grupo são centralizadas na figura do administrador. Apenas ele pode adicionar ou remover membros após a criação do bate-papo. O grupo fica acessível na mesma seção de DMs, e sua imagem de perfil pode ser uma foto com os participantes ou uma imagem personalizada escolhida pelo administrador. Praticamente qualquer seguidor pode ser adicionado, com exceção de contas comerciais que utilizam criptografia de ponta a ponta.
O processo para criar um grupo é rápido e intuitivo. Na tela inicial do aplicativo, basta acessar a área de mensagens diretas (o ícone de balão no canto superior direito). Em seguida, o usuário deve tocar no ícone de lápis para iniciar uma nova conversa e selecionar a opção “Criar bate-papo em grupo”. Por fim, é só escolher os participantes da lista de seguidores e confirmar a criação.
Meta Anuncia Assinatura Sem Anúncios no Reino Unido
Paralelamente à contínua melhoria de suas funcionalidades, a Meta anunciou uma mudança estratégica em resposta a diretrizes regulatórias no Reino Unido. Nas próximas semanas, os usuários britânicos de Facebook e Instagram terão a opção de assinar um plano para remover completamente os anúncios de suas experiências nas plataformas.
A assinatura para uma navegação sem anúncios custará £2,99 por mês na versão web ou £3,99 por mês nos aplicativos para iOS e Android. A diferença de preço se deve às taxas cobradas pela Apple e Google em suas respectivas lojas de aplicativos. Esta assinatura será válida para todas as contas que o usuário vincular à sua Central de Contas da Meta. Para cada conta adicional vinculada, será aplicada uma taxa reduzida de £2 (web) ou £3 (iOS/Android).
Com essa mudança, a empresa garante que, embora seus serviços sejam baseados em personalização, os dados pessoais de um assinante não serão utilizados para a exibição de anúncios.
E Para Quem Não Assinar?
Para os usuários que optarem por continuar utilizando as plataformas gratuitamente, a experiência permanecerá inalterada. Eles continuarão a ver anúncios personalizados e terão acesso a todas as ferramentas de controle existentes, como as “Preferências de Anúncios”, que permitem influenciar os tipos de anúncios exibidos e os dados usados para direcioná-los. A Meta reforça que não vende dados pessoais para anunciantes e mantém recursos como o “Por que estou vendo este anúncio?”, que oferece transparência sobre o processo.
O Contexto Regulatório por Trás da Mudança
A decisão de introduzir um modelo de assinatura foi uma resposta direta às recentes orientações do Information Commissioner’s Office (ICO), o órgão regulador de dados do Reino Unido. A medida oferece aos usuários uma escolha clara sobre como seus dados são usados para publicidade, ao mesmo tempo que busca preservar o acesso gratuito aos serviços. A Meta destaca que a assinatura é um modelo de negócio viável e estabelecido em diversas indústrias, como streaming e jornalismo.
A empresa elogiou a abordagem construtiva do ICO, afirmando que o ambiente regulatório do Reino Unido, mais favorável ao crescimento e à inovação, permitiu essa solução. Em contraste, a Meta criticou a postura de reguladores na União Europeia, que, segundo a empresa, exigem mudanças que vão além dos requisitos legais, prejudicando a experiência de usuários e empresas. A companhia finaliza reafirmando sua crença em uma internet sustentada por publicidade, que garante acesso gratuito a serviços personalizados e funciona como um motor de crescimento econômico para inúmeras empresas.